20 de junho de 2017

A minha reclamação


Ontem fiquei tão indignada, que tive que reclamar.

Segue abaixo a minha reclamação para a TVI: Departamento dos Passatempos "Super Quiz"


" Boa noite. 

Sou espetadora assídua da TVI, e sempre gostei muito deste canal, mas o que vi hoje perturba-me. 
Muito. 

Como licenciada em Marketing e Publicidade, sei bem o valor comercial que este tipo de jogos, concursos trazem para a empresa, e o impacto brutal que causa nos consumidores, estes que desenfreados, correm para os telefones a marcar vezes sem conta o dito numero 760 200 777, gastando o que têm e o que não têm na esperança de serem "os escolhidos" os selecionados e acertarem nas respostas corretas, qual personagens do filme "A Ilha" de Michael Bay [que vivem acreditando que irão ganhar a lotaria para irem para a ilha, quando na verdade essa ilha não existe], podendo amealhar algum dinheiro, ou até mesmo superar algumas das dificuldades diárias, que muitas das famílias hoje em dia passam. 

Isto é uma atrocidade. 
Não passam de ações de marketing literalmente enganadoras para o consumidor. Que anda meio mundo a enganar o outro meio mundo já não é novidade. Mas vindo de um grupo televisivo em que as pessoas confiam nos seus conteúdos, não era para existir mais transparência e veracidade? 
Como é possível esta roubalheira à descarada? Este engano para o consumidor? Onde inúmeros problemas se levantam e a crise chega a tantas famílias? Como é possível ainda haver este tipo de programas? 

Hoje resolvi ver o programa com olhos de ver e escuta ativa. 
Prometem inicialmente um valor baixo, e vão aumentando esse valor, para seduzirem o espetador, incitando à marcação sucessiva do número, para os manterem agarrados ao televisor e ao telefone até ao final do programa. 
Mas isto tudo de forma desonesta. 
Sim, desonesta, porque isto é um roubo!
No 3º jogo do programa, onde pedia para encontrar 3 caras humanas escondidas, eu, após ver as opções verifiquei que a resposta correta estava nos números 7;13;21. 

Liguei. 
Liguei mais uma vez. 
E outra. 
E mais outra ainda. 

Sim, fui estúpida por contribuir para o "sucesso monetário" deste programa que para mim não vale nada. Nada mesmo. 

São neste preciso momento duas da manhã, já fizeram dois intervalos e o mesmo jogo mantêm-se. Depois ainda o discurso da apresentadora, muito vêm a apresentadora (que está apenas a cumprir ordens superiores da dita produção deste enredo todo) dizer e afirmar que ninguém sabe a resposta porque o telefone ainda não tocou. 

O telefone ainda não tocou? 

Poupem-me. 
Poupem-me a mim e a uns milhares de portugueses. 
Poupem o nome da TVI. 
Poupem o dinheiro que amealham a enganar o povo. 

Como eu quantas pessoas ligaram também elas com a resposta correta? E a produção não fez nada para selecionar esses números. E porquê? Porque não lhes convém. Porque quer ganhar mais uns trocos com as chamadas do povo. Tinha esperança que isto fosse melhor. Que já não era possível e que não haviam programas assim. 
Já nem falo no modico valor de 1500€ prometidos, mas na dignidade e honestidade da estação. Se querem continuar, por favor, não enganem desta maneira as pessoas que depositam esperança e acreditam que podem ganhar através destes jogos. Isto é no mínimo vergonhoso. Antes tivessem a ombridade de doarem esse valor a quem está a passar pelas dificuldades dos incêndios que assolapam o nosso pais, ao invés de benefícios e lucros empresariais. 

A minha indignação pode ser apenas mais uma, nas tantas outras que já li acerca do mesmo programa.
Mas de mim e de todos os meus próximos, garanto-vos, que não lucram mais um cêntimo. 

Porque antes de sermos profissionais de marketing, somos consumidores.

Grata pela atenção disponibilizada. "




Tive que expressar todo o sentimento negativo que ia cá dentro. Porque se somos livres de expressar a nossa opinião, porque não reclamar? Reclamar nem sempre é negativo, mas é uma forma de melhorar. Sempre. 

Enquanto aguardo uma resposta.


13 de junho de 2017

Lisboa, Santos Populares e os seus encantos soberbos

Junho é o mês dedicado aos Santos Populares, os Santos do povo de Portugal. 

Nesta altura os dias tornam-se mais extensos. 
Há mais horas de sol, as ruas previamente decoradas a rigor acolhem os mais famosos arraiais bairristas, onde a sardinha é a rainha da festa e o cheiro a este maravilhoso peixe assado invade qualquer rua, qualquer recanto. 
Os Santos e os arraiais estão cada vez mais na moda, e de norte a sul, fazem as delicias dos portugueses. 

No fim de semana foi programa na capital.
Se Lisboa já é uma cidade linda, nos Santos, ainda se torna mais especial, e portuguesa. Concordam?

O fim de semana passou a voar, mas foi muitíssimo bem aproveitado, explorado, e super delicioso. 


Chegados a Lisboa já bem pertinho da hora de almoço, carro devidamente estacionado, um calor abafado, cruzámos as ruas adjacentes e chegámos à Rua Áurea. Estávamos então no sitio certo para experimentar as tão aclamadas e soberbas "Tostas a Metro", servidas no emblemático Café Penta, situado em plena Baixa Pombalina. Após alguns minutos a aguardar mesa, eis que entramos no café. Um espaço simples, mas com ambiente muito acolhedor, fomos recebidos por uma colaboradora extremamente atenciosa e simpática, onde nos apresentou as tostas de uma forma recitada, e todos os seus diversos e distintos ingredientes de forma bastante teatral. É este atendimento personalizado e a diferenciação de produtos que prima pela exclusividade, e torna a experiência indescritível. 
A escolhida foi a Tosta de Bacalhau, o exlibris do Penta, a acompanhar com os maravilhosos sumos naturais. Tão bons como nunca tinha experimentado antes. 

Aqui, come-se ao metro, e bebe-se ao litro! A diferenciação fala por si! 


Limonada de morango, com muito gelo, hortelã e canela em pau. De sonho.


Esta limonada é sem dúvida a melhor que alguma vez tomei. 
Super refrescante, extremamente saborosa e saudável. 



A famosa Tosta de Bacalhau. Foram só 70 cm de Tosta. 


A Tosta, em pão alentejano cozido a forno de lenha. Na sua composição está o Bacalhau assado em cama de tomate, ovo cozido, coentros, fiambre, pão desenjoado em azeite balsâmico, azeitonas. 



No final ainda provamos um bolo de chocolate negro recheado com polpa de frutos vermelhos, e continha apenas metade da dose recomendada de açúcar. Uma delicia. 



Visitem. Vão adorar e vão querer voltar sem sombra de duvida.



O Arco da Rua Augusta. 


E a Arte pela Rua Augusta. 


A tarde já ia longa, e a sobremesa aguardava-nos. Caminhámos tal turistas, até à Praça de São Paulo, no Cais do Sodré para saborear um belíssimo gelado italiano artesanal na Gelato Davvero



O espaço não é muito amplo, à direita dispõe de uma plataforma de madeira, vulgo bancos, onde os demais degustam do seu gelado entre selfies e conversas de grupo.


A decoração do espaço é pop vintage, com um traço moderno, que lhe confere uma certa originalidade. 





Porque é um espaço muito famoso, e está bem situado, as filas são também elas intermináveis, pelo que, enquanto aguarda a vez, desfrute do jardim e das vistas circundantes.




Estes gelados são de comer e chorar por mais. São super saborosos, cremosos, e não se sentem  os açucares. Considero-os os melhores gelados artesanais que já provei pela capital. 



Os sabores que escolhi para o meu gelado: Cocco, Basilico (mangericão), e Mirtillo. 


Cocco: paladar suave e sabor intenso, continha leves pedaços de miolo de coco.

Basilico: o de sabor mais fresco, contudo também ele suave e cremoso no paladar era como se nos remetesse para a horta, e tivéssemos acabado de colher uma folha de mangericão. Soberbo. 

Mirtillo: suave no paladar e continha breves apontamentos do fruto. 


Do Davvero ao Mercado da Ribeira são escassos metros. Aproveitámos para fazer uma visita rápida. 







  

O resto da tarde foi passada no Cais do Sodré, ao som de música ambiente, num sitio lounge que apela aos nossos sentidos.










  
A cor do céu fundia-se na perfeição com as cores características dos edifícios da Praça do Comércio. 



O jantar foi no Arraial de Santo António na Praça da Alegria, entre o Príncipe Real e a Avenida da Liberdade. 





Um espaço que esta cada vez mais na moda nos arraiais Lisboetas. Em comparação com o ano anterior, este ano o espaço esteve bem mais lotado.


É frequente cruzarmos com rostos famosos, onde se fundem com a multidão em grupos desfrutando das sardinhas e dando um pé de dança no bailarico bairrista.





Gosto muito pessoalmente de ir aos Santos a Lisboa. É de uma essência única que não se observa em mais sitio algum, e foi sem duvida, a desculpa perfeita para explorar um pouco mais dos infinitos locais deslumbrantes desta cidade soberba. 

Espero que tenham gostado dos sítios que explorei e que vos dei de certa forma a conhecer. 

Aguardo as vossas sugestões de locais igualmente bons!!


  
Lisboa está cada vez mais bonita.